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sábado, 27 de fevereiro de 2010

MENSAGEM
A sabedoria dos Índios Sioux


Conta uma velha lenda dos índios Sioux que, uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo..
- Nós nos amamos... E vamos nos casar, disse o jovem.E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã.... Alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos... Que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer ?
E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse :
- Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada... Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte e trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia.
- E tu, Touro Bravo, continuou o feiticeiro, deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva !
Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada... No dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco.
O velho pediu que com cuidado as tirassem dos sacos e viu que eram verdadeiramente formosos exemplares...
- E agora o que faremos?
Perguntou o jovem! As matamos e depois bebemos a honra de seu sangue ?
- Ou cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne?
Propôs a jovem.
- Não ! Disse o feiticeiro...
-Apanhem as aves e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro... Quando tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres.
O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros... A águia e o falcão, tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do voo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar.
E o velho disse:
- Jamais esqueçam o que estão vendo! Este é o meu conselho.
Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro...
Se quiserem que o amor entre vocês perdure...
"Voem Juntos...mas jamais amarrados"
As intenções do texto - Leitor deve ter papel ativo durante leitura


Ao lermos um texto escrito, o sucesso de nossa leitura se dá na medida em que procuramos estabelecer uma interação com o autor. Se considerarmos que o leitor é um agente, que não tem um papel passivo durante o ato de ler, mas que é um sujeito que atribui significado ao texto, que procura as pistas deixadas pelo autor, que busca se aproximar do sentido que este quer dar ao texto, podemos fazer da leitura um lugar onde há reciprocidade.
Em relação aos textos do gênero argumentativo (artigos, editoriais, cartas de reclamação, etc.), textos em que se procura convencer o leitor a aceitar uma opinião ou mesmo adotá-la para si, desvendar as intenções do autor materializadas em argumentos que sustentam uma posição e em evidências que, por sua vez, ancoram os argumentos, significa estar aberto a rever suas próprias opiniões.
Nossas pré-noções
Quando lemos, nem sempre estamos atentos às pistas textuais, aquelas dicas deixadas pelo autor para que nos aproximemos do que este quis nos dizer. Muitas vezes, isso ocorre porque - ao usarmos todo o nosso conhecimento prévio (lingüístico, textual e de mundo) na ação de ler - o sentido que atribuímos ao texto é mediado por nossas pré-noções.
Aquilo que pensamos sobre o assunto em questão, nosso conhecimento do gênero textual e da língua nos conduzem a elaborar algumas hipóteses sobre o texto. No entanto, um leitor cuidadoso e interessado deve rever a pertinência de suas hipóteses ao longo da atividade de leitura e buscar se aproximar da intenção comunicativa.
Alguns elementos do texto podem contribuir muito para que isso seja possível, sobretudo quando se trata da leitura de um texto em inglês ou em outra língua estrangeira. Isso porque como o texto não é escrito na nossa língua e, portanto, não dominamos muito bem as características do contexto sociocultural em que se deu a situação de produção discursiva, encontraremos mais dificuldade em nos aproximarmos de suas intenções. Para esse esforço ser minimizado, vale a pena conhecer como o texto foi elaborado.
A elaboração do texto
O texto objeto de nossa análise é uma resenha de um livro supostamente de interesse de áreas como economia, ciências humanas, meio ambiente e planejamento. Uma leitura rápida dos elementos destacados no texto nos fornece essas informações. Basta ver o rodapé em que essas áreas e o preço do livro são revelados, e o que está escrito entre parênteses.

Why are so many hungry?

A Pelican Original
“If it takes you six hours to read this book, somewhere in the world 2, 500 people will have died of starvation or of hunger-related illness by the time you finish.
Why are so many hungry ? Susan George affirms with conviction, and with solid evidence, that it is not because there are too many passengers on ‘Spaceship Earth’, not because of bad weather or changing climates, but because food is controlled by the rich. Only the poor go hungry.
The multinational agribusiness corporations, Western governments with their food ‘aid’ polices and supposedly neutral multilateral development organizations share responsibility for their fate. They all work in cooperation with local elites, themselves nurtured and protected by the powerful in the developed world. United States agripower paves the way, leads the pack and is gradually imposing its control over the whole planet.
Only those fortunate people who can become consumers will eat in the Brave New World being shaped by the well-fed. The standard liberal solutions to feeding the world -- population control or the Green Revolution -- are just what the hungry poor don’t need. All they need is social change, otherwise known as justice. With that, they could, and would, resolve most of their problems themselves.’
Cover design by John Carrod, photograph by Rod Stone
Economics
Science
Environment and Planning
United Kingdom £ 1,00
Canada $ 2,50
(back cover of How the other half dies by Susan George)

Em geral, as resenhas de livros veiculadas nas capas dos mesmos têm como intenção convencer o leitor de que sua leitura vale a pena. Além disso, procuram apresentar o tema tratado na publicação e o enfoque dado a ele. Assim, apresentam um viés argumentativo muito explícito, tanto no sentido de convencer o leitor a ler o livro como no sentido de promover sua adesão ao enfoque dado ao tema.
A informação trazida entre parênteses e o título da resenha nos sugerem que a resenha aborda o tema da fome. Antes de ler, tente imaginar como esse tema será apresentado no texto e, ao ler, procure checar suas hipóteses.
Para nos aproximarmos das intenções do texto, um dos elementos que merecem destaque é o uso do léxico, mais precisamente a escolha das palavras, dos substantivos, verbos, adjetivos e advérbios.
Ao apresentar a tese da autora sobre as razões que levam as pessoas a morrerem de fome (a comida é controlada pelos ricos), notamos a força expressiva de certos advérbios, tais como many ("hungry") e only ("the poor"). Ainda nesse mesmo parágrafo, é fácil perceber que a opinião da autora é ressaltada por meio do verbo to affirm e do substantivo conviction ("Susan George affirms with conviction"), além do adjetivo solid ("evidence").
Nesse segundo parágrafo, é possível notar que o uso dos conectivos because (sobretudo em "because de food is controlled by the rich") e but garantem, respectivamente, a explicitação do que leva as pessoas à fome e a oposição da tese da autora em relação a outras teses veiculadas sobre o mesmo assunto.
Para refletir e motivar
Antes desse parágrafo, porém, o texto nos oferece um parágrafo introdutório no qual a relação estabelecida entre o tempo médio despendido para a leitura do livro e o número de pessoas que morrem de fome ou em virtude de doenças relativas a ela sugere a reflexão acerca do tema e motiva o interesse pela leitura da resenha e, conseqüentemente, do livro.
No terceiro parágrafo, o texto levanta uma série de evidências que, apesar de generalizantes, dão força à tese defendida e ampliam nosso conhecimento sobre o tema. No caso, vale a pena realizar uma análise do vocabulário utilizado e dos elementos mobilizados pelo texto para ancorar a tese defendida. Tente fazer o movimento que fizemos em relação ao segundo parágrafo e identificar com mais propriedade a intenção comunicativa do texto.

Celina Bruniera é mestre em Sociologia da Educação pela USP e assessora educacional para a área de linguagem.
ENGLISH, AN INTERNATIONAL LANGUAGE

Why learn in English? Because English is the most important international language in the world. Some facts prove that: English is the international language of air and sea travels, of computing, of pop music, of politics, of science and medicine, sports, TV and films. The world today is a very small place. Communication and travel are extremely quick: think of jet planes, satellite TV, telephones, telex and fax for example. Because os this, we need a common language and this language is English.
English is the first language in:
Australia The Bahamas Canada Ireland Guyana New Zealand The United Kingdom The United States
And this is the official second language in many other countries like: India, Nigeria, South Africa, Israel...English is slowly becoming more than one language, because in every country it is spoken there are differences in some vocabulary words, in some grammatical structures.
British English and American English: What is different? Let's see some differences:
AMERICAN ENGLISH                                          BRITISH ENGLISH

apartment                                                                           flat

automobile                                                                         car

cab                                                                                     taxi

candy                                                                               sweet

gas                                                                                    petrol

mail                                                                                      post

elevator                                                                                lift

stove                                                                                  cooker

subway                                                                            underground

vacation                                                                              holiday

DO YOU HAVE A PROBLEM?                        HAVE YOU A PROBLEM?
 
                                             Fonte:Patchwork:English Book 1.2nd grade.Sarah G.Rubin and Mariza Ferrari
HISTORIA DA LÍNGUA INGLESA


A língua inglesa é fruto de uma história complexa e enraizada num passado muito distante.
Há indícios de presença humana nas ilhas britânicas já antes da última era do gelo, quando as mesmas ainda não haviam se separado do continente europeu e antes dos oceanos formarem o Canal da Mancha. Este recente fenômeno geológico que separou as ilhas britânicas do continente, ocorrido há cerca de 7.000 anos, também isolou os povos que lá viviam dos conturbados movimentos e do obscurantismo que caracterizaram os primórdios da Idade Média na Europa.Sítios arqueológicos evidenciam que as terras úmidas que os romanos vieram a denominar de Britannia já abrigavam uma próspera cultura há 8.000 anos, embora pouco se saiba a respeito.
OS CELTAS
A história da Inglaterra inicia com os celtas.
Por volta de 1000 a.C., depois de muitas migrações, vários dialetos das línguas indo-européias tornam-se grupos de línguas distintos, sendo um desses grupos o celta. Os celtas se originaram presumivelmente de populações que já habitavam a Europa na Idade do Bronze. Durante cerca de 8 séculos, de 700 a.C. a 100 A.D., o povo celta habitou as regiões hoje conhecidas como Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. O celta chegou a ser o principal grupo de línguas na Europa, antes de acabarem os povos celtas quase que totalmente assimilados pelo Império Romano.
A PRESENÇA ROMANA
Em 55 e 54 a.C. ocorrem as primeiras invasões romanas de reconhecimento, sob o comando pessoal de Júlio César. Em 44 A.D., à época do Imperador Claudius, ocorre a terceira invasão, quando então a principal ilha britânica é anexada ao Império Romano até os limites com a Caledônia (atual Escócia) e o latim começa a exercer influência na cultura celta-bretã. Três séculos e meio de presença das legiões romanas e seus mercadores, trouxeram profunda influência na estrutura econômica, política e social das tribos celtas que habitavam a Grã Bretanha. Palavras latinas naturalmente passaram a ser usadas para muitos dos novos conceitos.
OS ANGLO-SAXÕES
Devido às dificuldades em Roma enfrentadas pelo Império, as legiões romanas, em 410 A.D., se retiram da Britannia, deixando seus habitantes celtas à mercê de inimigos (Scots e Picts). Uma vez que Roma já não dispunha de forças militares para defendê-los, os celtas, em 449 A.D., recorrem às tribos germânicas (Jutes, Angles, Saxons e Frisians) para obter ajuda. Estes, entretanto, de forma oportunista, acabam tornando-se invasores, estabelecendo-se nas áreas mais férteis do sudeste da Grã-Bretanha, destruindo vilas e massacrando a população local. Os celtas-bretões sobreviventes refugiam-se no oeste. Prova da violência e do descaso dos invasores pela cultura local é o fato de que quase não ficaram traços da língua celta no inglês.
São os dialetos germânicos falados pelos anglos e pelos saxões que vão dar origem ao inglês. A palavra England, por exemplo, originou-se de Angle-land (terra dos anglos). A partir daí, a história da língua inglesa é dividida em três períodos: Old English, Middle English e Modern English. A primeira metade do século I, quando ocorreram as invasões germânicas, marca o início do período denominado Old English.
INTRODUÇÃO DO CRISTIANISMO
Em 432 A.D. St. Patrick inicia sua missão de levar o cristianismo à população celta da Irlanda. Em 597 A.D. a Igreja manda missionários liderados por Santo Agostinho para converter os anglo-saxões ao cristianismo. O processo de cristianização ocorre gradual e pacificamente, marcando o início da influência do latim sobre a língua germânica dos anglos-saxões, origem do inglês moderno. Esta influência ocorre de duas formas: introdução de vocabulário novo referente a religião e adaptação do vocabulário anglo-saxão para cobrir novas áreas de significado. A necessidade de reprodução de textos bíblicos representa também o início da literatura inglesa.
A introdução do cristianismo representou também a rejeição de elementos da cultura celta e associação dos mesmos a bruxaria. A observação ainda hoje de Halloween na noite de 31 de outubro é exemplo remanescente de cultura celta na visão do cristianismo.
Àquele período, a Inglaterra encontra-se dividida em sete reinos anglo-saxões e o Old English, então falado, na verdade não era uma única língua, mas sim uma variedade de diferentes dialetos.
Os dialetos do inglês antigo de antes do cristianismo eram línguas funcionais para descrever fatos concretos e atender necessidades de comunicação diária. O vocabulário de origem greco-latina introduzido pela cristianização expandiu a linguagem anglo-saxônica na direção de conceitos abstratos.
Ao final do século 8, iniciam os ataques dos Vikings contra a Inglaterra. Originários da Escandinávia, estes povos usavam de violência e seus ataques causaram destruição em muitas regiões da Europa. Os vikings que se estabeleceram na Inglaterra eram predominantemente provenientes da Dinamarca e falavam dinamarquês. Estes mais de 200 anos de presença de dinamarqueses na Inglaterra naturalmente exerceu influência sobre o Old English. Entretanto, devido à semelhança entre as duas línguas, torna-se difícil determinar esta influência com precisão.
OLD ENGLISH (500 - 1100 A.D.)
Old English, às vezes também também denominado Anglo-Saxon, comparado ao inglês moderno, é uma língua quase irreconhecível, tanto na pronúncia, quanto no vocabulário e na gramática. Para um falante nativo de inglês hoje, das 54 palavras do Pai Nosso em Old English, menos de 15% são reconhecíveis na escrita, e provavelmente nada seria reconhecido ao ser pronunciado.
A correlação entre pronúncia e ortografia, entretanto, era muito mais próxima do que no inglês moderno. No plano gramatical, as diferenças também são substanciais. Em Old English, os substantivos declinam e têm gênero (masculino, feminino e neutro), e os verbos são conjugados.
A CONQUISTA DA INGLATERRA PELOS NORMANDOS NA BATALHA DE HASTINGS
A Batalha de Hastings em 1066, foi um evento histórico de grande importância na história da Inglaterra. Representou não só uma drástica reorganização política, mas também alterou os rumos da língua inglesa, marcando o início de uma nova era.
A batalha foi travada entre o exército normando, comandado por William, Duque da Normandia (norte da França), e o exército anglo-saxão liderado por King Harold, em 14 de outubro de 1066.
O predecessor de Harold havia tido fortes vínculos com a corte da Normandia e supostamente prometido o trono da Inglaterra para o Duque da Normandia. Após sua morte, entretanto, o conselho do reino apontou Harold como sucessor, levando William a apelar para a guerra como forma de impor seus pretensos direitos.
A sangrenta batalha só terminou ao fim do dia, com o Rei Harold e seus irmãos mortos e um saldo de 1500 a 2000 guerreiros mortos do lado normando e outros tantos ou mais, do lado inglês.
William havia conquistado em poucos dias uma vitória que romanos, saxões e dinamarqueses haviam lutado longa e duramente para alcançar. Ele havia conquistado um país de um milhão e meio de habitantes e provavelmente o mais rico da Europa, na época. Por esse feito ficou conhecido na história como William the Conqueror.
O regime que se instaurou a partir da conquista foi caracterizado pela centralização, pela força e, naturalmente, pela língua dos conquistadores: o dialeto francês denominado Norman French. O próprio William l não falava inglês e, por ocasião de sua morte em 1087, não havia uma única região da Inglaterra que não fosse controlada por um normando. Seus sucessores, William II (1087-1100) e Henry I (1100-1135), passaram cerca de metade de seus reinados na França e provavelmente possuíam pouco conhecimento de inglês.
Durante os 300 anos que se seguiram, principalmente nos 150 anos iniciais, a língua usada pela aristocracia na Inglaterra foi o francês. Falar francês tornou-se então condição para aqueles de origem anglo-saxônica em busca de ascensão social através da simpatia e dos favores da classe dominante.
MIDDLE ENGLISH (1100 - 1500)
O elemento mais importante do período que corresponde ao Middle English foi, sem dúvida, a forte presença e influência da língua francesa no inglês. Essa verdadeira transfusão de cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica, que durou três séculos, resultou principalmente num aporte considerável de vocabulário. Isto demonstra que, por mais forte que possa ser a influência de uma língua sobre outra, esta influência normalmente não vai além de um enriquecimento de vocabulário, dificilmente afetando a pronúncia ou a estrutura gramatical.
O passar dos séculos e as disputas que acabaram ocorrendo entre os normandos das ilhas britânicas e os do continente, provocam o surgimento de um sentimento nacionalista e, pelo final do século 15, já se torna evidente que o inglês havia prevalecido. Até mesmo como linguagem escrita, o inglês já havia substituído o francês e o latim como língua oficial para documentos. Também começava a surgir uma literatura nacional.
Muito vocabulário novo foi incorporado com a introdução de novos conceitos administrativos, políticos e sociais, para os quais não havia equivalentes em inglês. Em alguns casos, entretanto, já existiam palavras de origem germânica, as quais, ou acabaram desaparecendo, ou passaram a coexistir com os equivalentes de origem francesa, em princípio como sinônimos, mas, com o tempo, adquirindo conotações diferentes.
Pequenas diferenças dialetais resultantes desta simbiose entre diferentes grupos sociais e suas respectivas línguas podem ser observadas ainda atualmente. Nos meios intelectuais das classes mais privilegiadas dos países de língua inglesa existe até hoje uma tendência a um uso maior de palavras de origem latina. De acordo com o norte-americano Pat Brown, freqüentador do fórum de discussões deste site,
The split between the French-speaking Normans and peasant English-speaking Saxons still exists today in a curious fashion. The Normans, as the conquerors and rulers, became the upper-class of England and their speech metamorphosed into today's well-educated English - composed primarily of Latin-based vocabulary. The common everyday speech of most modern English speakers however is still directly based on the Anglo-Saxon.
Além da influência do francês sobre seu vocabulário, o Middle English se caracterizou também pela gradual perda de declinações, pela neutralização e perda de vogais atônicas em final de palavra e pelo início do Great Vowel Shift.
THE GREAT VOWEL SHIFT
Uma acentuada mudança na pronúncia das vogais do inglês ocorreu principalmente durante os séculos 15 e 16. Praticamente todos os sons vogais, inclusive ditongos, sofreram alterações e algumas consoantes deixaram de ser pronunciadas. De uma forma geral, as mudanças das vogais corresponderam a um movimento na direção dos extremos do espectro de vogais.
O sistema de sons vogais da língua inglesa antes do século 15 era bastante semelhante ao das demais línguas da Europa ocidental, inclusive do português de hoje. Portanto, a atual falta de correlação entre ortografia e pronúncia do inglês moderno, que se observa principalmente nas vogais, é, em grande parte, conseqüência desta mudança ocorrida no século 15.
MODERN ENGLISH (a apartir de 1500)
Enquanto que o Middle English se caracterizou por uma acentuada diversidade de dialetos, o Modern English representou um período de padronização e unificação da língua. O advento da imprensa em 1475 e a criação de um sistema postal em 1516 possibilitaram a disseminação do dialeto de Londres - já então o centro político, social e econômico da Inglaterra. A disponibilidade de materiais impressos também deu impulso à educação, trazendo o alfabetismo ao alcance da classe média.
A reprodução e disseminação de uma ortografia finalmente padronizada, entretanto, coincidiu com o período em que ocorria ainda a Great Vowel Shift. As mudanças ocorridas na pronúncia a partir de então, não foram acompanhadas de reformas ortográficas, o que revela um caráter conservador da cultura inglesa. Temos aí a origem da atual falta de correlação entre pronúncia e ortografia no inglês moderno. D’Eugenio assim explica o que ocorreu:
O processo de padronização da língua inglesa iniciou em princípios do século 16 com o advento da litografia, e acabou fixando-se nas presentes formas ao longo do século 18, com a publicação dos dicionários de Samuel Johnson  em 1755, Thomas Sheridan em 1780 e John Walker em 1791. Desde então, a ortografia do inglês mudou em apenas pequenos detalhes, enquanto que a sua pronúncia sofreu grandes transformações. O resultado disto é que hoje em dia temos um sistema ortográfico baseado na língua como ela era falada no século 18, sendo usado para representar a pronúncia da língua no século 20. (319, minha tradução)
Da mesma forma que os primeiros dicionários serviram para padronizar a ortografia, os primeiros trabalhos descrevendo a estrutura gramatical do inglês influenciaram o uso da língua e trouxeram alguma uniformidade gramatical. Durante os séculos 16 e 17 ocorreu o surgimento e a incorporação definitiva do verbo auxiliar do para frases interrogativas e negativas. A partir do século 18 passou a ser considerado incorreto o uso de dupla negação numa mesma frase como, por exemplo: She didn't go neither.
SHAKESPEARE
William Shakespeare (1564-1616), representou uma forte influência no desenvolvimento de uma linguagem literária. Sua imensa obra é caracterizada pelo uso criativo do vocabulário então existente, bem como pela criação de palavras novas. Substantivos transformados em verbos e verbos em adjetivos, bem como a livre adição de prefixos e sufixos e o uso de linguagem figurada são freqüentes nos trabalhos de Shakespeare.
Ao mesmo tempo em que a literatura se desenvolvia, o colonialismo britânico do século 19, levava a língua inglesa a áreas remotas do mundo, proporcionando contato com culturas diferentes e trazendo novo enriquecimento ao vocabulário do inglês.
Desde o início da era cristã até o século 19, seis idiomas chegaram a ser falados na Inglaterra: Celta, Latim, Old English, Norman French, Middle English e Modern English. Essa diversidade de influências explica o fato de ser o inglês uma língua menos sistemática e menos regular, quando comparado às línguas latinas e mesmo ao alemão. Poderia nos levar a concluir também que o inglês de hoje pode ser comparado a uma colcha feita de retalhos de tecidos de origem das mais diversas.
AMERICAN ENGLISH
A esperança de alcançar prosperidade e os anseios por liberdade de religião foram os fatores que determinaram a colonização da América do Norte. A chegada dos primeiros imigrantes ingleses em 1620, marca o início da presença da língua inglesa no Novo Mundo.
À época da independência dos Estados Unidos, em 1776, quando a população do país chegava perto de 4 milhões, o dialeto norte-americano já mostrava características distintas em relação aos dialetos das ilhas britânicas. O contato com a realidade de um novo ambiente, com as culturas indígenas nativas e com o espanhol das regiões adjacentes ao sul, colonizadas pela Espanha, provocou um desenvolvimento de vocabulário diverso do inglês britânico.
Hoje, entretanto, as diferenças entre os dialetos britânicos e norte-americanos estão basicamente na pronúncia, além de pequenas diferenças no vocabulário. Ao contrário do que aconteceu entre Brasil e Portugal, Estados Unidos da América e Inglaterra mantiveram fortes laços culturais, comerciais e políticos. Enquanto que o português ao longo de 4 séculos se desenvolveu em dois dialetos substancialmente diferentes em Portugal e no Brasil, as diferenças entre os dialetos britânico e norte-americano são menos significativas.
O INGLÊS COMO LÍNGUA DO MUNDO
Fatos históricos recentes explicam o atual papel do inglês como língua do mundo.
Em primeiro lugar, temos o grande poderio econômico da Inglaterra nos séculos 18, 19 e 20, alavancado pela Revolução Industrial, e a conseqüente expansão do colonialismo britânico. Este verdadeiro império de influência política e econômica, que atingiu seu ápice na primeira metade do século 20, quando chegou a ficar conhecido como "the empire where the sun never sets" devido à sua vasta abrangência geográfica, provocou uma igualmente vasta disseminação da língua inglesa.
Em segundo lugar, o poderio político-militar do EUA a partir da segunda guerra mundial e a marcante influência econômica e cultural resultante, acabaram por deslocar o francês como língua predominante nos meios diplomáticos e solidificar o inglês na posição de padrão das comunicacões internacionais. Simultaneamente, ocorre um rápido desenvolvimento do transporte aéreo e das tecnologias de telecomunicação. Surgem os conceitos de information superhighway e global village para caracterizar um mundo no qual uma linguagem comum de comunicação é imprescindível.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A EXPOSIÇÃO ORAL


A exposição oral
►é um instrumento que possibilita ao ouvinte e ao expositor aprenderem sobre diversos conteúdos;
►contribui para a exploração de fontes diversificadas;
►implica seleção de informações em função de tema a ser apresentado;
►deve contar com elaboração de esquemas que sustentem a apresentação oral.
Dimensões comunicativas da exposição oral
►requer trabalho de planejamento, antecipação e consideração do auditório, para que se dê satisfatoriamente a transmissão do saber;
►permite a construção do papel do especialista, uma vez que coloca o expositor na condição de quem sabe sobre o que está expondo.
Características gerais do gênero
É um discurso que se realiza em uma situação de comunicação específica: há um expositor e um auditório inseridos em um contexto de transmissão do saber, em um determinado tempo e espaço.
Estrutura
1.Abertura: fase em que o expositor estabelece contato com o auditório (no caso da nossa atividade, com os outros grupos de trabalho), cumprimenta as pessoas e legitima sua condição de especialista do tema a ser apresentado.
2.Introdução do tema: apresentação da proposta de exposição, delimitação do tema,. Mobilizando o interesse do público ouvinte; dá informações sobre as fontes consultadas.
3.Apresentação do plano da exposição:explicitação das escolhas feitas, tornando claro o percurso que fará para apresentar o tema em questão. É o momento de deixar claro para os ouvintes que o texto oral foi planejado e segue uma sequência pré-determinada.
4.Desenvolvimento da exposição propriamente dita: apresentação do tema e subtemas a ele relacionados.
5.Fase da síntese ou recapitulação do que foi exposto: são retomados os tópicos mais importantes da exposição a fim de encaminhá-la para o final.
6.a)Conclusão ou mensagem final: pode ser a conclusão do que foi exposto até então; a introdução de uma nova questão para os ouvintes pensarem; ou o espaço aberto para um debate.
b)Encaminhamento: agradecimento ao público; fala da mediadora da exposição (no caso do trabalho com os grupos, pode ser o professor ou algum aluno previamente designado para a função.
Adaptado de: SCHNEUWLY,B;DOLZ.Joaquim e colabs. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.p. 215-221.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Milagres


Milagre para mim, é ver a chuva molhar
os campos e reacender aquele cheiro
bom de terra molhada,
cheiro de banho de natureza,
que faz brotar sementes até os sonhos...

Milagre é olhar o céu e ver aquele mundão
de estrelas, ali, tudo juntinho
sem competir, sem se esbarrar
e sem nenhuma empatar o brilho da outra...

Milagre é essa diversidade de flores que
Deus planta pra aqui e pra acolá, só para
colorir o caminho da gente
assim como quem não quer nada
mas querendo nos ver felizes...

Milagre é tudo que o homem inventou
com a inspiração que Deus deu,
telefone, luz elétrica, rádio, TV, cinema, etc.
Eu não sei como isso funciona
e nem quero aprender, mas que é milagre, É...

Milagre é o que a genética faz:
De uma coisa pequetitinha de nada,
cria um embrião que vira pessoa, e que Deus aprova,
porque a alma é Ele que coloca....

Milagre para mim, é esse mundão sem porteira,
sem eira, sem ter um canto para o vento
fazer a curva sem ter começo delimitado e nem fim...

Milagre é quando olho para meus filhos
e vejo traços físicos meus, quando adentro suas almas
vejo traços de anjos, aí eu agradeço a Deus
infinitas vezes, por esse milagre...

Milagre é a inocência das crianças que falam
na cara da gente o que pensam.
Pequeno Buda de 6 anos, falou que Deus
é bom porque faz nuvens com forma
de bichinhos fofos....

Milagre é acordar de manhã, abrir a janela
e ver o amanhecer lindo que Deus coloriu,
cada dia de um jeito, faz tudo com capricho
e carinho. Ah, acordar já é milagre, e dos maiores...

Milagre é quando Deus esquece de dar um irmão pra gente,
ai Ele acode e dá o irmão com o nome de amigo
esse é um dos milagres que eu adoro receber....

Milagre é quando alguém que amamos,
sem querer, despedaça o nosso coração
em um fantastilhão de pedaços, e a gente pensa que vai morrer.
Ai aparece alguém com uma cola mágica e conserta

Milagre é ser um doador de órgãos,
pois quando Deus chama para voltar para casa,
só chama o espírito, e esse chega perfeito,
se do corpo ficar algo é para aperfeiçoar uma outra vida...

Milagre é a natureza que a neve mata
ou o fogo destrói, ai nasce tudo de novo sem se importar
se vai ser destruída novamente, acho esse milagre lindo!

Milagre é quando vejo pessoas ajudando
as vítimas da fome, do frio, do desabrigo e do desamor
tem gente que chama isso de solidariedade,
eu chamo de milagre...

Milagre, é essa tal de internet que fez minha mensagem
chegar até você que as vezes não conheço o rosto,
o nome, e nem sei dos sonhos...

Agora, se te fiz feliz, ganhei o dia e o aval de Deus!

Lady Foppa
Leitura - Por que ler é fundamental?


"A leitura da palavra é sempre precedida da leitura do mundo."
Paulo Freire
Afinal por que se afirma que é tão importante ler? Para responder a essa questão, vamos lembrar que o texto - seja de que natureza for - está sempre pronto a ser compreendido, decifrado e interpretado. O processo da leitura exige um esforço que garante uma compreensão ampliado do mundo, de nós mesmos e da nossa relação com o mundo.
Na Roma antiga, o verbo "ler" - do latim legere - além de ler, também podia significar "colher", "recolher", "espiar", "reconhecer traços", "tomar", "roubar". Para os romanos, então, ler era muito mais do que simplesmente reconhecer as palavras e frases dos outdoors de uma avenida, dos índices de desempregos noticiados nos jornais, do discurso político de um candidato à presidência da República, de um poema ou de um conto, de um romance ou de um filme.
Ler é compreender os discursos, mas também é completá-los, descobrindo o que neles não está claramente dito. Talvez "recolher" seja buscar as pistas que o texto tem, "espiar" seja distanciar-se um pouco e não de imediato aquilo que está sendo proposto, "tomar" e "roubar" talvez queira dizer estar prontos a captar, capturar, se apropriar daquilo que está escondido nas entrelinhas de um texto.
Um desfile de palavras vazias?
É assim que a leitura se torna criativa e produtiva, pela descoberta dos sentidos do texto e a atribuição de outros. Do contrário, ela se torna apenas assistir a um desfile de letras, palavras e frases vazias, diante de olhos tão passivos, quanto sonolentos.
O mundo simbólico se amplia diariamente. A maior parte dos fenômenos, sejam de natureza política, econômica, social ou cultural, fazem parte de um registro contínuo do homem. Também a reinvenção da realidade por meio dos textos literários, que constroem uma nova linguagem, nos dá a dimensão das emoções, sentimentos, críticas e vivências do homem, na sua busca de sentido para a existência.
Nos contos, crônicas, romances, poemas, nos mais variados textos criados, há sempre um universo interior e exterior de pessoas que vivem ou viveram num determinado tempo e espaço. Ler os textos escritos e as diversas linguagens inerentes ao ser humano é ampliar o nosso próprio mundo simbólico, é desenvolver nossa capacidade de comunicar e criticar, enfim, é um ato contínuo de recriação e invenção.

Carla Caruso é escritora, pesquisadora e realiza projetos de capacitação de professores
 no Estado de São Paulo.